E se não retirei grande coisa dos poemas do Davi Araújo, já não posso dizer o mesmo destes três poemas da Aline Aimée. Continuo sem perceber grande coisa disto, sublinhe-se à cabeça, mas gostei bastante da forma irreverente com que a Aline decompõe e recompõe as palavras, salpicando os seus versos de neologismos, de uma forma que me fez lembrar um pouco o Mia Couto. Os versos dela ressoam bastante mais em mim, e geram imagens que são mais sugeridas que expressas.
Curiosamente, é mais complicado decifrá-los. Nenhum dos três tem título; vêm identificados apenas pelos primeiros versos respetivos. Mas estes até que dão indicações razoavelmente sugestivas relativamente ao assunto de cada um. Ondula e Renasce parece ser sobre a dança e a vida, Impulso Im/pele sugere uma espécie de autorretrato razoavelmente autodepreciativo, O Peso da Tua Letra aparenta ter como tema o desvendar do poeta pela poesia.
Ou não; talvez tudo isto esteja errado.
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