imagem de Drew Coffmann |
Este dezembro percebi que esses "um motivo ou outro" eram apenas um: uma atitude errada relativamente ao que é necessário para criar.
Antes, procurava sossego, cabeça limpa, calma e tempo livre antes de me sentar a escrever qualquer coisa. E como ora não tinha uma coisa, ora não tinha outra, ora não tinha nenhuma delas, não escrevia. Dizia a mim próprio, e aos outros, que estava bloqueado, seco, apesar de continuar a ter as mesmas histórias de sempre (e algumas novas) a passear-me pela cabeça. Algumas há décadas. E este dezembro percebi que não era nada disso. O resultado?
O resultado foi ter escrito cerca de 2200 palavras ao longo de dezembro, fechando o ano com 3700 (tinha escrito uns quantos contos muito curtos entre março e maio). Não é muito, longe disso; é o equivalente a umas sete páginas (para o ano: 11). Mas havia pelo menos cinco anos que não escrevia tanto num só mês.
Pelo que isto é para continuar. A ver se acabo A Escolha de Diop antes do verão e parto depois para outras coisas. Para já, vai com quase 15 mil palavras, e é texto para chegar a umas 25 mil. Mais coisa menos coisa. Veremos. No início de fevereiro (sim, decidi fazer isto mensalmente), logo vos digo o que este mês rendeu. Até lá.
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