sábado, 5 de janeiro de 2019

Escritas de dezembro

imagem de Drew Coffmann
Havia bastante tempo que, apesar de me julgar totalmente seco, ou quase, o bichinho da escrita não me largava. Mas por um motivo ou por outro, achava eu, as coisas não saíam.

Este dezembro percebi que esses "um motivo ou outro" eram apenas um: uma atitude errada relativamente ao que é necessário para criar.

Antes, procurava sossego, cabeça limpa, calma e tempo livre antes de me sentar a escrever qualquer coisa. E como ora não tinha uma coisa, ora não tinha outra, ora não tinha nenhuma delas, não escrevia. Dizia a mim próprio, e aos outros, que estava bloqueado, seco, apesar de continuar a ter as mesmas histórias de sempre (e algumas novas) a passear-me pela cabeça. Algumas há décadas. E este dezembro percebi que não era nada disso. O resultado?

O resultado foi ter escrito cerca de 2200 palavras ao longo de dezembro, fechando o ano com 3700 (tinha escrito uns quantos contos muito curtos entre março e maio). Não é muito, longe disso; é o equivalente a umas sete páginas (para o ano: 11). Mas havia pelo menos cinco anos que não escrevia tanto num só mês.

Pelo que isto é para continuar. A ver se acabo A Escolha de Diop antes do verão e parto depois para outras coisas. Para já, vai com quase 15 mil palavras, e é texto para chegar a umas 25 mil. Mais coisa menos coisa. Veremos. No início de fevereiro (sim, decidi fazer isto mensalmente), logo vos digo o que este mês rendeu. Até lá.

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