À medida que este livro se aproxima do fim, parecem tornar-se mais comuns os contos mais mundanos, mais desprovidos de elementos fantásticos, contos que parecem mais histórias realmente acontecidas (e há relativamente pouco tempo) do que velhas ou velhíssimas lendas ou contos exemplares, mais ou menos adulteradas pelo tempo. É o caso deste Patranha.
Recolhido por Adolfo Coelho em Ourilhe, mais uma, esta é uma história divertida sobre um caseiro de fidalgo que não tinha como pagar ao fidalgo o que lhe devia, o que o levou a ser desafiado pelo fidalgo: se conseguisse contar-lhe uma patranha "do tamanho do pai-nosso" a dívida seria perdoada. A sorte do caseiro era ter um "filho tolo" (que não me parece nada tolo, na verdade), o qual foi contar uma tal patranha ao fidalgo que conseguiu livrar o pai da dívida. A patranha é divertida e cheia de fantasia. O "filho tolo", se fosse alfabetizado e vivesse nos dias de hoje, seria certamente um dos nossos.
Um continho de menos de página e meia divertido e interessante.
Contos anteriores deste livro:
Sem comentários:
Enviar um comentário
Por motivos de spam persistente, todos os comentários neste blogue são moderados. Comentários legítimos passam, mas pode demorar algum tempo. Como sempre acontece, paga a maioria por uma minoria de abusadores. Parece ser assim que o mundo funciona, infelizmente.