quinta-feira, 20 de fevereiro de 2020

Capitolina: Não Jogue com a Morte

Mais uma autora brasileira, esta Capitolina. E mais um conto com elementos de ficção científica, este Não Jogue com a Morte (bibliografia), ainda que a FC que aqui se encontra seja absolutamente anacrónica, fazendo lembrar mais o Frankenstein da Mary Shelley (apesar de não ser precisamente aí que se inspira; tem mais a ver com o Homem Invisível do Wells) do que qualquer ficção científica produzida de há coisa um século para cá.

É uma daquelas histórias vitorianas, de cientista mais ou menos enlouquecido, que, sozinho ou escassamente acompanhado, inventa uma fórmula para alcançar um milagre científico qualquer. Neste caso, é a ressurreição. E claro que as coisas correm horrivelmente mal.

Não é mau, o conto. Cabe bem no espaço que a autora decidiu usar, não há erros grosseiros no português, etc. Mas é anacrónico. E muito cliché. Custa-me perceber o que leva alguns autores a repetirem fórmulas criadas há cento e tal anos, ignorando tudo o que se produziu entretanto (incluindo muitos pastiches dos velhos clássicos) e correndo assim o risco de se limitarem a repetir coisas já feitas muitas vezes. Eu, esta, já tinha visto até num filme.

Talvez simplesmente desconheçam o que se produziu no último século?...

Textos anteriores deste livro:

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