E um belo dia aparece no Beco das Sardinheiras uma corda. Uma corda vulgaríssima de Lineu, pelo menos na aparência visto que ninguém chega a deitar-lhe a mão, não fosse o facto insólito de estar pendurada do céu.
A corda, Aquela Corda, causa no beco a comoção que facilmente se adivinha. É isso, a comoção, que Mário de Carvalho descreve neste conto, com a graça e o bom português do costume. No entanto, esta história é claramente pior que as duas anteriores. É que o conto acaba porque a corda se limita a desaparecer, puf, e isso é uma forma muito insatisfatória de resolver uma história que deixa a ideia de ter terminado assim pura e simplesmente porque o autor não soube bem o que fazer mais com ela.
Este fim não chega a estragar a história, que não deixa de ser engraçada por isso (pelo menos até aí), mas deixa um saborzinho amargo no fim da leitura, lá isso deixa.
Contos anteriores deste livro:
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