Não sei ao certo, mas diz-me o nariz que cheira a Salazar. Ou a algum líder genérico e geriátrico (e xexé) da ditadura, que o narrador destas histórias sobre o mundo de Josela vai ser encarregado de encontrar, que o seu desaparecimento é assunto de alta importância para a segurança nacional, e encontra a jogar às cartas em casa das tias. Uma velha, em suma. Uma velha birrenta e muito velha.
Esta é uma história que faz lembrar sobretudo os Contos do Gin, política de princípio ao fim, com o surrealismo típico das histórias de Josela, sim, mas com muito pouca da sua ficção científica. Divertida como todas as outras, e tão boa como as outras, mas um tudo-nada menos memorável porque se lê em parte como coisa já vista noutros livros do autor.
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