quarta-feira, 10 de fevereiro de 2021

Mia Couto: Pela Gravata Morre o Tímido

De regresso aos contos, aqui Mia Couto enche-se de humor, parecendo glosar a velha conversa sobre juntar a fome à vontade de comer. Sim, que Pela Gravata Morre o Tímido é uma história de amor, de certa forma, protagonizada por um ele que era tímido patológico, incapaz de entabular uma conversa que fosse com um elemento do sexo oposto, e por uma ela que era gorda e complexada, por isso convicta de que nenhum homem iria olhar duas vezes para ela.

São os amigos que os atiram para os braços um do outro e eles deixam-se atirar, a princípio com todas as dúvidas e inseguranças devidas à situação e às personagens, até que — lá está — a fome se encontra com a vontade de comer e cá vai disto. Não se sabe se viveram felizes para sempre, mas pelo menos o conto acaba em alta, por assim dizer.

Este não é dos melhores contos de Mia Couto, é certo; está até algo distante de o ser. Mas é divertido. E está, claro, muito bem escrito.

Textos anteriores deste livro:

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