Regresso após alguns meses a estes ebooks publicados pelo DN e preparados pela Escritório, e regresso bem, com um conto de um autor que já tinha lido antes, e do qual já tinha gostado: Rui Cardoso Martins. Aliás, já antes tinha lido este conto, precisamente. É que O Progresso da Humanidade é um dos poucos contos desta coleção que não são inéditos, tendo sido publicado num dos números da revista Ficções que li há uns anos. Há oito anos, para ser preciso. A avaliação que dele fiz em 2011 está aqui.
Relendo-o agora, encontro nele coisas que não mencionei em 2011, e uma é bastante relevante. Não sei bem se porque em 2011 a besta fascista ainda não estava com a cabeça tão erguida como está hoje, apesar de já se mostrarem claramente os sinais para quem soubesse vê-los, se porque li o conto muito poucos meses depois de perde o meu pai, numa altura em que não estava propriamente aberto a apreciar ironias, o certo é que na altura pareço não ter reparado (ou achado importante mencionar) na pesada ironia que envolve toda a história do menino nazi, e no caráter patético, diria mesmo imbecil, que Rui Cardoso Martins lhe atribui.
Consequentemente, gostei mais desta leitura que da primeira. Continuo a achar que este conto não é nada de superlativo, mas é dos melhores contos incluídos nesta coleção.
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