A porta ficava à face da rua mas, o acesso à casa, propriamente dita, fazia-se, subindo um lanço grande de escadas.Ora, a vírgula é uma sinalefa que serve, entre outras coisas, para tornar o texto compreensível. Quando mal utilizada, e Sónia de Carvalho utiliza-a pessimamente, pode deixar a compreensão difícil ou mesmo impossível. Consequência? Um conto assim escrito torna-se automaticamente mau. Não há características redentoras que lhe valham.
E este até teria algumas. É um conto de fantasmas razoavelmente bem construído, sobre uma mulher jovem que vai para Lisboa trabalhar e se hospeda em casa da velha senhora do título, onde depressa começa a ver coisas estranhas. Escrito capazmente, e editado por uma editora a sério capaz de lhe dar uma revisão decente, podia ser um conto interessante. Assim... assim é apenas o que é.
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