Outro grupo de histórias entre estes contos escritos e/ou recolhidos pelos Irmãos Grimm são as pequenas comédias de enganos, frequentemente sem nada de fantástico, que no entanto surgem aqui em muito menor número do que os contos do maravilhoso. Também existe nelas o seu quê de repetitivo, mas, talvez por serem em menor número, esse aspeto é nelas bastante menos evidente do que nos acordos faustianos, nas histórias de feitiços quebrados através de improváveis demonstrações de valor, etc.
Aqui, A Fiadeira Preguiçosa é isso mesmo: uma fiadeira que é um prodígio de preguiça, o que deixa o marido absolutamente exasperado. Mas ela tem a esperteza dos sonsos e arranja as formas mais criativas de justificar a preguiça, convencendo o pobre de que há sempre qualquer coisa que lhe falta para poder fazer o trabalho que devia fazer.
Comédia de enganos muito típica, como se vê. E sem nada de fantástico, também. Este é um conto realista — falar em prodígio de preguiça, como fiz ali em cima, é apenas força de expressão — e razoavelmente divertido à sua maneira simples.
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