Desconhecia por completo Virgílio Várzea antes de pegar nesta pequena compilação de contos seus. Fiquei a saber que é um autor brasileiro da viragem do século XIX para o XX, com pai português e militar, da marinha, o que fez com que a sua infância tivesse sido marcada pelas coisas do mar, o que certamente terá contribuído para a génese destas Núpcias Marinhas.
Mas não fiquei fã.
Apesar de saber que Várzea se rebelou contra o romantismo literário, o que aqui para nós que ninguém nos ouve é um ponto a seu favor, encontro muito de romantismo nestes seus contos... e eu que não gosto nada do romantismo. São contos cheios de drama de faca e alguidar, demasiado adjetivados, enxameados de vírgulas, frequente e francamente desagradáveis de ler. Por mim, obviamente; leitores de gostos diferentes terão decerto opiniões diferentes.
Não posso dizer que estes contos sejam maus, pois tenho de reconhecer que Várzea até conseguiu fazer o que se propôs fazer com eles. Mas digo que nenhum deles me agradou. Não me agradou o estilo, o tema e a abordagem e tampouco me agradaram algumas das ideias que neles vi expressas.
O livro não é mau. Também não é bom; é um livro medíocre de um autor grandemente esquecido por motivos que me parecem certos. E é livro que eu li movido pela curiosidade de saber se nele haveria alguma coisa de fantástico e teria passado perfeitamente sem ler. Até porque não há.
Eis o que achei sobre as três histórias deste livro:
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