Fausto, o do trato com o diabo, tem vasta parentela nas histórias tradicionais alemãs. E não só, a bem dizer, mas o que aqui nos traz são as alemãs. No entanto, as histórias em que aparece Fausto e família não são todas iguais, divergindo da história mais conhecida em personagens, situações e até, por vezes, no tema principal. É o caso deste O Diabo e a Avó Dele, que os Irmãos Grimm talvez não tenham alterado muito, à parte alguns ajustes literários, pois esta história traz um elemento curioso: a avó do diabo.
Sim, existe um acordo faustiano razoavelmente típico. Três (claro!) soldados maltratados e mal pagos no exército decidem desertar, após o que estabelecem um acordo com o diabo: seriam seus criados durante sete anos, período em que nada lhes faltaria, mas depois o diabo ficar-lhes-ia com as almas, salvo se conseguissem solucionar um enigma.
Mas o diabo tem uma avó. E esta, que é bem tratada por um dos soldados, resolve ajudá-los, enganando o neto e fornecendo-lhes a solução do enigma ao chegar o fim dos sete anos.
É uma história bastante interessante, esta. Não só por causa da ideia do diabo ter uma avó a andar por aí, como por o acordo com o diabo acabar em bem para quem o faz, o que, não sendo inédito, não é propriamente vulgar.
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