segunda-feira, 4 de novembro de 2019
Escrita de outubro
A-ha! Já está! Acabei de escrever o último capítulo do romance que me vem ocupando o setor ficcionista de forma quase ininterrupta desde que recomecei a escrever em dezembro último! Boa! Boa? Sim, boa, claro, mas... bem... como é que eu digo isto?... há um certo embaraço... (suspiro)... Bom, cá vai: descobri que esse último capítulo, afinal, não é o último capítulo.
E até que nem é muito difícil explicar porquê. Eu tinha planeado a história para um final razoavelmente em aberto... e ops, que ia metendo aqui um spoiler dos grandes. Bem, acho que dizer isso chega: tinha-a planeado para ficar razoavelmente em aberto, com algumas pontas soltas. E chegado perto do fim ocorreu-me uma maneira de a encerrar não só de uma forma mais solidamente amarrada, mas até mais coerente com tudo o que ficou para trás. Ora, para fazer isso precisei de reajustar algumas coisas e acrescentar uns detalhes e, chegado a um determinado ponto da narrativa, vi aí um fim de capítulo evidente, pelo que mandei os planos (mentais, que eu não faço doutros) às urtigas e pimba, fim de capítulo e vamos em frente.
Quer dizer, mais ou menos "vamos em frente". De momento, o romance está parado, que eu de vez em quando preciso de me afastar um pouco dele para ganhar perspetiva e renovar as energias, e os finais de capítulo são os momentos ideais para fazer isso. De momento estou a escrever um conto, que por enquanto é curto mas vai deixar de ser antes de acabar. Para trás ficou um mês em que, entre romance e conto, escrevi cerca de 8600 palavras, ou umas 25 páginas. O que é ótimo para um mês ocupado com tradução.
E o ano já vai com umas 180 páginas escritas, mais coisa menos coisa. Só de ficção; excluem-se todas as toneladas de texto que tenho produzido aqui para a Lâmpada e para outros sítios. O que é como quem diz que este ano tem sido extraordinariamente produtivo, o que por sua vez está diretamente ligado ao truque de ir escrevendo um ou dois parágrafos de vez em quando que apliquei primeiro ao blogue e depois à escrita de ficção na segunda metade do ano passado.
Se tivesse descoberto essa há mais tempo, não tinha tanta coisa incompleta à espera de vez. Ou talvez tivesse, mas teria também decerto muito mais coisas completas. E quanto ao que o futuro reserva, daqui a um mês voltamos a conversar. Até lá.
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