Eis-nos chegados ao último dos textos introdutórios deste livro (ou pelo menos da parte internacional deste livro, pois há outra), todos eles, pela própria natureza do livro, pelo menos parcialmente ficcionais. Alfabetos (bibliografia) não é exceção, apesar de se tratar de um poema. Mas é algo excecional relativamente aos restantes numa coisa: não funciona.
Pelo menos na tradução portuguesa. É perfeitamente possível, ou até provável, que este texto de Selley Jackson funcione em pleno em inglês. Mas em português não. Porque a tradução, por mais que se esforce, é incapaz de transpor para a nossa língua toda a riqueza de brincadeiras e rimas e trocadilhos e até, talvez, rigor formal que parece evidente que o original tem. Tudo indica que a tarefa era dificílima, e é bem capaz até de estar à partida fadada ao insucesso, porque nada existe de mais problemático na tradução do que a poesia e quando esta se baseia fortemente em jogos de palavras pode tornar-se completamente intraduzível. Mas no fim de contas, o que interessa ao leitor comum é o resultado, e este não é famoso.
Textos anteriores deste livro:
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