É muito curta, esta prosa de Manuel Bernardes que, como de resto é relativamente frequente acontecer nos textos mais antigos que são selecionados para antologias deste género, não é propriamente um conto mas sim um excerto de uma obra maior.
Neste caso, a Lenda dos Bailarins (bibliografia) foi retirada de uma obra intitulada Nova Floresta, um conjunto de textos de vária índole mas radicados no catolicismo, ou não fosse Manuel Bernardes padre.
E o título dado (apocrifamente?) ao texto não desmente o seu conteúdo. O conto, de facto, narra uma lenda, a dos bailarins, um grupo de desgraçados que, por cometerem a heresia de dançarem e cantarem no cemitério, são condenados por deus a dançar um ano inteiro sem parar, findo o qual a maioria acaba por morrer. Misericórdia divina, mas não para quem comete o terrível pecado de se divertir, como se vê.
Não sei se Bernardes inventou a lenda ou se limitou a reproduzir uma história ouvida algures. Mas sei que a história é boa, fazendo um uso eficaz do fantástico para dar força a uma mensagem religiosa. E há nela elementos de gore suficientes para fazer com que Bernardes, por via desde pequeno conto (são só duas páginas), tenha acabado por se tornar num percursor do horror português.
Textos anteriores deste livro:
Neste caso, a Lenda dos Bailarins (bibliografia) foi retirada de uma obra intitulada Nova Floresta, um conjunto de textos de vária índole mas radicados no catolicismo, ou não fosse Manuel Bernardes padre.
E o título dado (apocrifamente?) ao texto não desmente o seu conteúdo. O conto, de facto, narra uma lenda, a dos bailarins, um grupo de desgraçados que, por cometerem a heresia de dançarem e cantarem no cemitério, são condenados por deus a dançar um ano inteiro sem parar, findo o qual a maioria acaba por morrer. Misericórdia divina, mas não para quem comete o terrível pecado de se divertir, como se vê.
Não sei se Bernardes inventou a lenda ou se limitou a reproduzir uma história ouvida algures. Mas sei que a história é boa, fazendo um uso eficaz do fantástico para dar força a uma mensagem religiosa. E há nela elementos de gore suficientes para fazer com que Bernardes, por via desde pequeno conto (são só duas páginas), tenha acabado por se tornar num percursor do horror português.
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