Sim, sim, é mais um conto de Azazel, o diabrete inventado por Isaac Asimov, mas este tem um pouco mais de interesse do que a maioria. Não muito, apenas um pouco, e parte dele tem mais a ver com a inspiração mitológica para a história do que propriamente com algo que Asimov tenha inventado.
Galatea (bibliografia), como de resto o título já indica, é a versão asimoviana do mito grego de Pigmaleão. Para quem não conhece a lenda, Pigmaleão era um escultor cipriota que esculpiu a sua visão da mulher ideal e depois se apaixonou pela estátua que fizera, o que levou Afrodite a ter pena dele e a dar vida à estátua, chamando-lhe Galateia. Pelo menos numa versão da história... há várias. Mas é claramente essa a inspirar Asimov, pois é precisamente esse o enredo deste conto.
E Asimov segue-o fielmente, embora com algumas adaptações. Para começar, não é Afrodite que dá vida à estátua, claro, mas sim o seu demoniozinho Azazel, e não por se ter apiedado de quem a esculpiu mas porque essa intervenção lhe foi solicitada pelo homem que tem a capacidade de o invocar. O escultor, além disso, é uma escultora. E as coisas, claro, correm mal, como seria inevitável. Ora, também aqui esta história é mais bem sucedida do que a maior parte das histórias de Azazel: é que nas outras Asimov tenta (e muito) ter piada; aqui consegue. Não muita, mas alguma.
Não contarei mais sobre a história, pois ela é daquelas que dependem do efeito surpresa para funcionar, e aqui isso é particularmente importante por o conto seguir tão de perto um enredo alheio, clássico e razoavelmente bem conhecido. Direi apenas que esta história se ergue acima da maioria das demais histórias de Azazel. O suficiente para ser boa. Ou, vá, boazinha.
Contos anteriores deste livro:
Galatea (bibliografia), como de resto o título já indica, é a versão asimoviana do mito grego de Pigmaleão. Para quem não conhece a lenda, Pigmaleão era um escultor cipriota que esculpiu a sua visão da mulher ideal e depois se apaixonou pela estátua que fizera, o que levou Afrodite a ter pena dele e a dar vida à estátua, chamando-lhe Galateia. Pelo menos numa versão da história... há várias. Mas é claramente essa a inspirar Asimov, pois é precisamente esse o enredo deste conto.
E Asimov segue-o fielmente, embora com algumas adaptações. Para começar, não é Afrodite que dá vida à estátua, claro, mas sim o seu demoniozinho Azazel, e não por se ter apiedado de quem a esculpiu mas porque essa intervenção lhe foi solicitada pelo homem que tem a capacidade de o invocar. O escultor, além disso, é uma escultora. E as coisas, claro, correm mal, como seria inevitável. Ora, também aqui esta história é mais bem sucedida do que a maior parte das histórias de Azazel: é que nas outras Asimov tenta (e muito) ter piada; aqui consegue. Não muita, mas alguma.
Não contarei mais sobre a história, pois ela é daquelas que dependem do efeito surpresa para funcionar, e aqui isso é particularmente importante por o conto seguir tão de perto um enredo alheio, clássico e razoavelmente bem conhecido. Direi apenas que esta história se ergue acima da maioria das demais histórias de Azazel. O suficiente para ser boa. Ou, vá, boazinha.
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