Apesar do título de Rose, a Estranha, remeter qualquer leitor brasileiro para o título local do livro de Stephen King, Carrie, e isso poder levar à suposição de que Ademir Pascale se terá inspirado nesse romance para criar o seu conto, ao ler-se este último não se encontram muitas semelhanças com King. ou com o livro deste.
Mas esta história é muito melhor que a anterior, partilhando com ela a classificação como horror sobrenatural e pouco mais. É mais coerente (embora continuem a existir incoerências), mais enxuta, tem menos fragilidades a nível de escrita, é menos cliché e está de uma forma geral mais bem concebida e executada. O protagonista é um tal Marcos, que perde o emprego como webdesigner numa empresa do ramo só para descobrir que a mulher que secretaria o seu despedimento, nova na empresa, é sua vizinha. E resolve ir bater-lhe à porta.
Má ideia. Rose, assim se chama a mulher (mas não a mesma Rose do conto anterior, aparentemente), não é bem o que ele julga. E as consequências são desagradáveis.
Este conto está entre o razoável e o bonzinho e é, se bem me lembro, o mais bem sucedido texto do autor que eu li até hoje (não foram muitos; pode haver melhores).
Conto anterior deste livro:
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