E é uma publicação eminentemente literária, no que esse termo tem das assim chamadas "belas letras". Os textos selecionados pelos editores são quase invariavelmente (a maior exceção é precisamente o texto do João do Rio) daqueles que colocam o embelezamento da frase acima de qualquer outra consideração, mesmo quando esse "embelezamento" vai tão longe que se torna feitiço virado contra o feiticeiro. Há poesia, obviamente, há contos, sempre bastante curtos, mas também há opinião, um ensaio (bastante interessante, diga-se) sobre Molière, uma crónica e um punhado de críticas.
É uma abordagem à literatura que está bem distante da que mais me agrada, pelo que é natural que eu não saia desta leitura particularmente satisfeito. Mas há aqui alguns bons textos, mesmo quando não me agradam por aí além. E, claro, apesar de não ter encontrado nada no texto do João do Rio que possa qualificá-lo para inclusão no Bibliowiki, encontrei outro texto que lá cabe, pelo que não posso dar por mal empregado o tempo que gastei nesta leitura.
Eis o que achei sobre os contos e poemas desta publicação:
- Alter et Idem / Liberdade de Expressão
- Ondula e Renasce / Impulso Im/pele / O Peso da Tua Letra
- Roma, 1978
- Cônjuges / Expect(a/o)re
- Orfandade / Moldura
- Garoa Sobre Mário
- (cinco haicais sem títulos)
- Suculência / Asas / Cortante
- O Personagem Heleno
- O Homem que Virou Relógio
- Espelho, Espelho Meu
- Os Livres Acampamentos da Miséria
Sim, são irmãos.
ResponderEliminarMarcos consta in memoriam, faleceu ontem aos 35 anos.