terça-feira, 23 de junho de 2020

Eliot Fintushel: Perturbação Zigótica Cutânea Crónica

Mais uma história-mesmo-história, este conto de Eliot Fintushel é daqueles que despertam memórias de uma série de referências. Apesar do título de Perturbação Zigótica Cutânea Crónica (bibliografia) poder levar a pensar que se trata de qualquer coisa de cariz sexual, ou pelo menos reprodutivo, não é bem o que acontece. Antes, trata-se de uma história com fortes elementos de ficção científica e com reminiscências do conto de Bradbury O Esqueleto e também do Venom, o parasita das BDs (e filmes) do Homem-Aranha.

Sim, pois aqui estamos perante um parasita, aparentemente alienígena, que se substitui à pele do hospedeiro, e o conto narra os primeiros casos com abundância de pormenores. A cura, se tal designação se pode aplicar a um procedimento que mata sem apelo nem agravo o paciente, só se alcança pela remoção integral do parasita. Ou seja: da pele. Sim, estamos a falar de esfolamento completo e sim, o conto é sobretudo de horror, exacerbado pelo facto de a pele poder sobreviver durante bastante tempo ao seu antigo corpo.

Este é um conto arrepiante que conta uma história bastante perturbadora. Francamente bom.

Textos anteriores deste livro:

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