segunda-feira, 1 de junho de 2020

G. Eric Schaller: Gripe de Wuhan

Bem, parece que se faz necessária uma nota prévia. Esta Gripe de Wuhan (bibliografia) é uma obra de ficção. Não tem rigorosamente NADA a ver com a covid-19 (que de qualquer forma também não é uma gripe e possivelmente nem de Wuhan é). É, repito, uma obra de ficção. Foi publicada em 2003 na língua original e saiu em português em 2010. Portanto, caríssimo ou caríssima, se vieste cá cair ao engano podes ir-te embora. Ou ficar para ler mais coisas, se preferires. Estás à vontade. Lamento imenso trazer-te cá, mas o título é mesmo este. É das tais coincidências que acontecem às vezes.

Afastado da sala este elefante, de que trata o conto de G. Eric Schaller? Não, não é de uma gripe, muito menos de uma gripezinha. É de uma estranha doença que leva ao desaparecimento dos pacientes através da pura e simples desagregação do corpo, a qual terá sido desencadeada por um conjunto específico de palavras. Uma cena à Thanos, mas sem luva. Ao ler esta história, a sensação de que já tinha encontrado algures algo de semelhante não me largou, mas não consegui, e ainda não consigo, lembrar-me de onde. Não propriamente nos efeitos (não é o Thanos, portanto), mas nas causas.

E não me parece que seja dos contos mais bem sucedidos deste livro, apesar de, em princípio, ser daqueles com mais potencial para me agradar por contar realmente uma história. Creio que o motivo aqui é um insuficiente desenvolvimento dessa história, ou talvez um desenvolvimento que não me agrada por inteiro. Não sei bem. Há qualquer coisa de indefinido neste texto que me leva a torcer-lhe um pouco o nariz. Não é mau, mas não me agradou por aí além.

Textos anteriores deste livro:

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