terça-feira, 12 de janeiro de 2021

Escrita de dezembro


Novembro terminou esperançoso e dezembro começou de igual forma, mas as coisas não correram tão bem como o início do mês prometia. De resto, era previsível que assim fosse. A agitação gerada pelos preparativos para o regresso a casa da senhora da perna partida, e depois a agitação ainda maior gerada pela avaliação do que funcionava e do que era necessário alterar quando ela regressou mesmo, levaram o mês a voltar a ser pouco produtivo. Escrevi, mas o total escrito foi mais ou menos igual ao de novembro, pouco mais de 10 páginas. Muito, muito longe da produção dos primeiros três trimestres do ano.

Por outro lado, são 10 páginas que correspondem à conclusão de um conto, ao início de um segundo conto e à revisão de um terceiro, e este nem estava tão mauzinho como eu julguei que estivesse quando acabei de o escrever, no início de setembro. O saldo, portanto, não deixa de ser positivo, especialmente tendo em conta os condicionalismos envolventes.

Quanto ao ano que dezembro concluiu, foi francamente positivo, pelo menos em termos de produção de ficção. Haja ao menos isso a trazer alguma luz a este ano tenebroso de 2020. Com uma produção total de mais de 97 mil palavras, o que corresponde a umas 280 páginas, é o meu ano mais produtivo desde que comecei a fazer registos e, olhando para o que escrevi antes disso, é bem capaz de ter sido o mais produtivo de sempre. E quanto a qualidade, bem, posso dizer que gosto mais do que produzi este ano, em geral, do que da maior parte do que escrevi antes, pelo que pelo menos para mim a qualidade foi satisfatória. Pode ser que daqui por algum tempo mude de opinião, mas para já é esta.

E venha 2021. Tudo aponta para mais um ano de trevas, e veremos se essas trevas se vão estender à ficção ou se ficarão por outras facetas da vida. Se quiserem saber, fiquem por aí.

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