sábado, 15 de junho de 2019

Irmãos Grimm: A Rainha das Abelhas

Já aqui falei várias vezes de contos em que três personagens com características diferentes, frequentemente irmãs, são confrontadas com os mesmos desafios, dos quais se saem (ou não se saem) de forma diferente. Trata-se de um dos mais comuns clichés das histórias populares, e esta, A Rainha das Abelhas, é mais uma que se baseia nesse cliché.

Aqui, os Irmãos Grimm não parecem ter mexido muito. O conto é curto, com meras duas páginas e meia, e narra a história de três irmãos, príncipes, os dois primeiros maus e irresponsáveis, e o terceiro, a que chamam Tolo, com bom coração. Os dois primeiros partem em busca de aventuras e, quando não regressam, o terceiro vai à sua procura, encontra-os, impede-os de fazer variadas malfeitorias a uma série de animaizinhos humildes entre os quais, sim, contam-se abelhas. E depois é hora de serem capturados e postos à prova, prova essa que os dois primeiros são incapazes de ultrapassar e pagam-no sendo transformados em pedra, mas o terceiro ultrapassa graças ao auxílio da bicharada que antes poupara e lhe paga o favor.

Este é, como de resto é norma nas histórias que se servem deste cliché, um conto cautelar, advertindo contra a arrogância e a maldade, ainda que também possa ser interpretado como defendendo a ideia de que mais vale um bom tolo que um mau não tolo. Mas é, sobretudo, um conto bastante banal, repleto de elementos encontrados em (muitos) outros contos.

Contos anteriores deste livro:

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