Não, não é engano. Não fiz confusão nenhuma. A imagem que ali está ao lado é mesmo do livro do António Bettencourt Viana, os links dos contos anteriores ali em baixo são mesmo dos contos do livro do António Bettencourt Viana, mas o conto da vez é mesmo O Defunto (bibliografia), de Eça de Queirós. Está tudo certo e tudo tem a sua justificação.
Sobre a noveleta de Eça propriamente dita, não tenho nada a acrescentar ao que aqui deixei das últimas duas vezes que a li, uma no ano passado, a outra em 2011. A única referência que cabe aqui fazer é, portanto, ao motivo por que Viana decide incluí-la no seu livro.
E esse motivo é um artigo, que antecede a noveleta, sobre como Eça elaborou a sua ficção com insuficiente precisão. Existem no texto de Eça várias referências a fases da Lua e estações do ano, e no artigo Viana argumenta que essas referências não fazem sentido em termos de cronologia da história. A publicação da noveleta é, pois, uma forma de ilustrar o argumento; de resto Viana chega mesmo a alterá-la, destacando em itálico todas as referências que acha relevantes. Não é um tipo de crítica que me diga muito, francamente. É óbvio que Eça se refere a acontecimentos astronómicos e a estações do ano para estabelecer o ambiente, não para dizer que o facto tal sucedeu a tantos do tal, e nesse sentido parece-me absurdo estar a criticá-lo porque as referências que usa impossibilitam que o facto tal tenha sucedido a tantos do tal. Mas se isto serviu para apresentar esta ficção fantástica do Eça a alguém, já não é mau.
Contos anteriores deste livro:
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