sábado, 4 de janeiro de 2020

Escrita de dezembro e de 2019


Em dezembro de 2018 resolvi fazer uma experiência: e se em vez de só escrever ficção quando tivesse algum tempo disponível e estivesse mentalmente repousado, que era o meu hábito e nos últimos anos vinha significando que quase nunca escrevia uma linha, eu passasse a enfiar uns 10 ou 15 minutos de ficção nas pausas que faço sempre nos trabalhos mais intensos e financeiramente recompensadores que me sustentam? Nesse mês, escrevi 2200 palavras, o equivalente a cerca de 7 páginas. Pouco, mas muito mais que em qualquer outro mês desde 2013. Um ano depois, em dezembro de 2019, escrevi quase 8800. Continua a não ser muito, e é menos que noutros meses, mas estas coisas somam-se...

... e como estas coisas se somam, acabei o ano de 2019 com um pouco mais de 79100 palavras de ficção escritas. Quase 230 páginas. Um livro, basicamente. Incluem-se nesse número cinco contos, uns mais extensos, outros mais curtos, mas não é a eles que cabe a parte de leão da produção.

Em 2012 comecei a escrever uma história. A princípio queria que se ficasse por noveleta, porque a ideia era apresentá-la a uma antologia de uma série que já levava duas publicadas, tendo eu participado em ambas com outras histórias integradas no mesmo universo ficcional, mas depressa se tornou claro que aquela história estava a tomar uma forma mais extensa (e não muito adequada ao tema da antologia, ainda por cima). Desisti da participação na antologia e continuei a escrever... mas por pouco tempo. Cheguei a cerca de 13 mil palavras, ainda no território da noveleta, e abandonei-a.

Na verdade, deixei de escrever quase por completo.

Foi nessa história que peguei em dezembro de 2018.

E foi essa história que finalmente acabei um ano depois, em dezembro de 2019.

Sim, o romance está terminado. Ou pelo menos o primeiro rascunho do romance está terminado. Tem cerca de 84 mil palavras, o que dá umas 250 páginas, mais coisa, menos coisa, e já vai a caminho da gaveta, onde terá de marinar durante algum tempo. Não muito tempo, porque só me conseguirei livrar daquela história quando a tiver contada a meu gosto — ainda continuo a dar voltas mentais à história mesmo depois de acabar o rascunho —, mas algum. Entretanto...

Entretanto hei de ir escrevendo outras coisas. Ainda não sei ao certo quais. No fim de janeiro cá estarei para dizer qualquer coisa sobre elas. Até lá.

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