terça-feira, 21 de janeiro de 2020

Mais "meus"... agora em edição especial

Quando aceitei a proposta de traduzir o primeiro volume das Crónicas de Gelo e Fogo (é assim que se chama a série, e não Guerra dos Tronos como muita gente julga; esse é o título do primeiro livro da série... e da série de televisão) não fazia a mínima ideia do que aí vinha. A Guerra dos Tronos foi apenas o terceiro romance que traduzi na minha carreira e o quarto livro que traduzi integralmente, pois antes tinha-me também passado pelas mãos um livro de contos do Conan. Além de um romance histórico — A Cor do Céu do James Runcie, o livro com que me estreei — de uma história alternativa — O Dilema de Shakespeare, do Harry Turtledove, a grande prova de fogo do início deste trajeto — e desse livro do Conan, tinha traduzido profissionalmente apenas mais alguns contos de Robert E. Howard (e de forma amadora mais uma mancheia de outros, de outros autores) antes de pegar no Martin.

E depois passei dois anos mergulhado no Martin. Literalmente, porque não trabalhei em mais nada a não ser no livro seguinte da série. São livros muito grandes, como toda a gente sabe, e os quatro primeiros (ou os oito primeiros na edição portuguesa) ocuparam integralmente o meu tempo durante dois anos.

Desde aí, traduzi uma série de outras coisas, tanto do Martin quanto da outra autora que tem dominado a minha atividade profissional: a Robin Hobb. E também de outros autores, obviamente. Traduzi fantasia, traduzi ficção científica, traduzi banda desenhada, traduzi fantástico, traduzi romance histórico e, mais recentemente, traduzi não-ficção. Memórias e coisas do género. E, à parte os livros que estão no prelo (obviamente), tenho cá em casa um exemplar de cada um dos livros que traduzi.

Mas só um.

Não tenho as reedições com capas diferentes. Não tenho as edições brasileiras. Não tenho aquelas edições das Crónicas de Gelo e Fogo em que cada livro original é dividido não em dois volumes, mas em quatro. Não tenho as edições em livro de bolso de alguns dos livros que traduzi. Não tenho e, na maioria dos casos, não quero ter — a casa não é grande e o espaço em estante não abunda.

Mas esta edição está a fazer vir à superfície o bibliófilo superficial que há em mim, aquele que normalmente reprimo, aquele que ao conteúdo dos livros, que no fundo é o que realmente interessa, deixa sobrepor a beleza do objeto. Bolas, que estas edições de capa dura são espetaculares. O texto é o mesmo, mas raios partam, pá. Acho que quero.

PS: Reparei depois de publicar este post que ele é o 4500º post da Lâmpada. Ena tantos!

6 comentários:

  1. Como é que sabes qual é o nº do post? Onde é que isso se vê no Blogger? o_O

    ResponderEliminar
  2. Ah, ok, já percebi. Vê-se no nº de posts publicados. Interessante, nunca tinha reparado nisso.

    ResponderEliminar
  3. Respostas
    1. Deixa-me explicar melhor. Eu pensei que houvesse uma funcionalidade que nos mostrasse o nº de determinado post, tal como se vê a data, o número de visualizações e comentários, etc. Daí ter ficado tão espantada por nunca ter reparado nisso. Mas não existe, pois não? O que aconteceu foi que reparaste no número de posts publicados e este era o nº 4500. (Sim, fiquei a pensar nisto. Será que há alguma funcionalidade que eu desconheça.)

      Eliminar
    2. Eu percebi a tua dúvida, e acertaste na solução. Que eu saiba não existe nenhuma funcionalidade desse género, a menos que algum widget a forneça. Confesso que nunca procurei.

      Sei que o Blogger dá um número interno a cada post (e a cada blogue, também), e é possível sabê-lo, mas acho que esse número é único para todo o universo Blogger e não dá para transformar em número de post em cada blog.

      Eliminar
  4. Ainda bem que percebeste a minha dúvida para eu não me sentir tão pateta. Sim, eu já estava a inventar funcionalidades que não existem. ;)

    ResponderEliminar

Por motivos de spam persistente, todos os comentários neste blogue são moderados. Comentários legítimos passam, mas pode demorar algum tempo. Como sempre acontece, paga a maioria por uma minoria de abusadores. Parece ser assim que o mundo funciona, infelizmente.