sexta-feira, 3 de janeiro de 2020

Shinichi Hoshi: Ei... ii, Sai cá pr'a Fo... ora!

O japonês Shinichi Hoshi é bem capaz de ser responsável, pelo menos parcialmente, pelo título mais bizarro de uma história de ficção científica já publicada em português, seja original lusófono, seja tradução como no caso. Se conhecerem um título mais esquisito que Ei... ii, Sai cá pr'a Fo... ora! (bibliografia), sou todo ouvidos.

O conto, curto, é daquelas FCs topológicas, em que uma descontinuidade qualquer do espaçotempo gera efeitos bizarros. E é uma FC tão soft que pode ser vista como um exercício de realismo mágico ou fantasia, talvez até com mais propriedade do que como FC. Conta a história de um buraco aparentemente sem fundo que um belo dia se descobre numa terra no Japão. A descoberta atrai a ciência, claro, mas depressa os cientistas ficam frustrados por não haver realmente nada que se consiga estudar. Como estudar um buraco sem fundo?

Impossível. Portanto, vão-se embora, deixando o buraco e a terra onde o buraco foi descoberto um tanto ou quanto órfãos de atenção e utilidade. Bem... utilidade até existe. Um buraco sem fundo é ótimo para atirar lá para dentro as coisas que ninguém quer, não é? Pois. Portanto, toca a despejar. Mas eis que as coisas dão uma reviravolta daquelas boas. No fim, obviamente.

É um conto engraçado, este. E bom, ainda que seja mais engraçado que bom.

Contos anteriores desta publicação:

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