Traduzir este conto deve ter sido um pequeno pesadelo. Felizmente é muito curto. O ambiente já é dado pelo título: o que raio é um Éfeso Logradouro (bibliografia)? E o conto/doença segue por aí fora depois do título, num delírio linguístico completamente absurdo, conseguindo David Langford apesar disso transmitir algumas coisas a quem o lê.
Nomeadamente, o gozo. Este conto é um gozo descarado àqueles escritores que procuram o hermetismo da prosa, trancando-a em palavreado incomum e quantas vezes mal utilizado. É que é disso que a doença consiste, aparentemente: de uma incapacidade de escrever — e falar também, quiçá? — de forma acessível ou até, em casos graves, minimamente compreensível. E claro que, mais uma vez, o médico que descreve a doença é também dela padecente, o que explica o arrazoado que, como digo de início, deve ter sido um pequeno pesadelo de traduzir.
Mas o resultado é divertido. Valha-nos isso.
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