Sim, estou de volta aos contos dos Irmãos Grimm, e para recomeçar esta longa maratona (só nesta etapa são 91... e estas histórias tendem a incluir muitos elementos repetitivos, pelo que desta vez decidi fazer umas pausas sempre que começar a fartar-me como aconteceu no fim do primeiro volume) quem organizou a recolha escolheu O Ganso Dourado.
Trata-se de mais um daqueles contos que os Grimm sintetizaram a partir de várias histórias, ainda que desta vez sejam apenas dois contos que parecem ser variantes um do outro. E são mais uma variação (ou duas) dos contos em que de três irmãos só o mais simples e bondoso se sai bem de uma série de testes, ficando os irmãos arrogantes pelo caminho. O desta história até se chama Tolo e tudo, o que também não é a primeira vez.
No entanto, ao contrário de muitas outras variantes esta tem um pendor claramente humorístico. Por exemplo, o ganso dourado, adequadamente mágico, tem o poder de deixar coladas a ele — ou a alguma pessoa colada a ele, ou a uma pessoa colada a ele, etc. — todas as mãos que tentem cobiçosamente pegar-lhe, e às tantas lá anda o irmão Tolo, de ganso dourado debaixo do braço, seguido por uma extensa procissão de aldeões. É um conto engraçado, este.
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