Esta é mais uma descrição de doença que não contém propriamente uma história o que, como sempre acontece nesses casos (ou quase sempre, vá), me leva a não gostar lá muito do resultado. Sinto sempre (ou quase) que há na ideia uma história por explorar e que é pena ela ter ficado por explorar. Uma ou mais. Ela ou elas. São coisas.
E como também acontece com alguma frequência, o título revela desde logo a ideia. Doença da Tatuagem Internalizada (bibliografia) é isso mesmo, uma doença, benigna, que consiste na criação psicossomática de tatuagens nos órgãos internos do corpo. Jeffrey Thomas fica-se pela descrição da doença e da sua descoberta, mas eu enquanto ia lendo identifiquei pelo menos um ponto fraco nessa descrição — ele diz que a doença só foi identificada recentemente porque só recentemente se desenvolveram as técnicas da autópsia... mas há séculos que o homem esventra o homem, pelo que seria de esperar que alguém tivesse reparado em tatuagens internas, apesar do sangue e de outros fluidos — e imaginei logo uma história baseada nesta ideia. A descrição tem a sua graça, que tem, mas soube-me a pouco.
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